O primeiro nome -Francis – não era de caminhoneiro, o segundo –Jorge- era e há muito tempo Francis Jorge inventou um jogo para aliviar a solidão das estradas à noite.
Dirigindo, fingia ser um agente secreto disfarçado de caminhoneiro... seguindo a sua lógica, embaixo dos feijões haveriam ogivas nucleares que poderiam acabar com o mundo livre, açúcar, nunca era só açúcar, mas sim antraz, “encomenda”, um código, “carga”, acróstico de Comando de Ação e Retenção para Grupo de Agentes e cada quilômetro percorrido, um motivo a mais para se perder em suas mentiras tão inócuas.
A cada quatro dias, quando chegava em casa, Francis Jorge era um agente secreto que fingia ser um caminhoneiro fingindo ser pai de família.
Fábio Ochôa
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário