- Como é que você perde tanto sua identidade? – Não entendia ela.
Não havia como explicar a ela: um dia simplesmente se deu conta que sem identidade, poderia ser qualquer pessoa e em contrapartida qualquer pessoa poderia ser ele, era isso, apenas isso.
E repentinamente, como em uma multiplicação divina, diversos Augusto Barros andavam pelas ruas, pelas cidades, pelos países, pelas carteiras alheias do mundo enquanto o Augusto original vagava sem o peso de ser quem era, livre como um cidadão anônimo de um país fantasma; mas como explicar a ela, como?
Fábio Ochôa
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
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